Nenhum de nós fazemos ideia do que viemos fazer nesse mundo. Nos ensinaram quando pequenos, ou ao menos deveriam ter ensinado, que deveríamos crescer e descobrir o nosso lugar no mundo (se não te ensinaram, você deveria ter aprendido com a última temporada de Malhação, mas voltando ao assunto aqui...). Mas quem nunca, em algum momento da vida, não se deparou com aquela sensação de: o que eu estou fazendo aqui?

Se você nunca passou por isso, nossa amigo, meus parabéns, quando eu crescer eu juro que quero ser como você. Mas se você já passou sabe bem o que estou falando. Isso acontece comigo quase sempre e tem acontecido frequentemente nos últimos meses, talvez no último ano se eu quisesse ser mais exata. Há dias estou me martirizando com sensações que misteriosamente no meio desta madrugada resolveram se libertar por esse mundão, digo, em meio a esse espaço aqui.

Dizem que no meio da madrugada as pessoas se sentem mais a vontade de falar sobre determinados assuntos, deve ser por isso. Mas bem, não importa... O que eu realmente quero falar é que eu sinceramente não sei o que faço por aqui. Curso uma faculdade que comecei sem fazer ideia do que me esperava mas que fui me apaixonando no decorrer do curso, e na verdade ainda sou apaixonada, não só pela publicidade mas também por tudo que ela engloba. Mas quando olho pro futuro, o meu medo dele deixa a visão meio turva, quando não deixa tudo absolutamente escuro, e faz com que eu pense: o que eu vou fazer daqui pra frente?

A vida de um universitário não é fácil. Parece clichê aquela chuva de posts iguais nas redes sociais mas não é. É um dia-a-dia muito complicado que exige muito do estudante e se ele não souber lidar com isso, ele pode ser dominado pela famosa crise existencial. Em meio a tantos problemas acadêmicos e pessoais o bichinho da crise se vê no melhor momento para te morder. É difícil acordar todo dia e tentar pensar no futuro quando você não se sente preparado para nada, quando você acha que não é bom o suficiente em nada que faz. E é difícil até falar isso para as pessoas. Isso corrói a gente, faz um mal sem fim mas a gente se vê sem saber o que fazer já que nada mais tem graça.

Eu procuro viver o agora, adotei isso faz algum tempo. Mas é inevitável não pensar no amanhã, no daqui há 2 ou 10 anos. E é difícil lutar contra isso. É estranho, parece que uma força ruim entra em você e que ela é maior do que qualquer outra coisa boa. Você não quer se sentir assim, mas não consegue evitar. Você quer fugir mas onde você olha, tem alguma coisa para te lembrar. Isso parece um pouco depressão, me faz pensar em depressão depois de tanto que li sobre (até mesmo para escrever o post sobre o #SetembroAmarelo) e também pelo tanto que já tinha lido sobre antes de fazer esse post. Esses sentimentos me fizeram ir pesquisar sobre e isso me deixa mais preocupada ainda, isso deixa ainda mais escuro os meus pensamentos sobre o futuro.

Mas hoje é um dia feliz para mim. Já tem bastante tempo que venho me sentindo assim, com esse medo, com essa insegurança, achando que não sou boa pra muita coisa (lê-se nada) e pensando que não tenho ideia de qual seja o meu lugar no mundo, se é que vou encontrá-lo. Mas por algum motivo hoje eu conseguir colocar isso aqui, descrever e botar para fora. Posso dizer que venci uma das barreiras que eu tenho e que me fizeram criar o blog.

Não sei o que realmente acontece, não sei se é só uma fase difícil como tantas que tivemos e vamos em nossas vidas. Só sei que tem me martirizado muito, mas mesmo assim estou feliz por conseguir compartilhar isso aqui, mesmo que eu não pretenda divulgar o link desse post.

A única certeza que eu tenho nessa vida é da fé que eu tenho em um Deus que agiu quando eu achei que Ele nem lembrasse mais de mim. E todos os dias quando eu acordo ou quando vou dormir eu penso que eu posso não fazer ideia de como vai ser amanhã mas que Ele sabe e que se Ele me permitiu abrir os olhos pela manhã ou fechá-los pela noite é por que ele acredita em mim e confia em algo do que eu sou capaz. É isso que me dá forças todos os dias. É isso que em faz crer que nem tudo tá perdido.

Nunca na minha vida o trecho "acredito sempre nessa fé que me ilumina" fez tanto sentido. Mesmo que eu não veja, mesmo que tenha um medo besta ou monstruoso me cegando, eu sei que tem uma luz me iluminando, preparando o meu caminho. Sou grata a Deus por isso e devo a Ele por isso. Só nós dois sabemos o quanto eu não mereço isso, mas se Ele insiste, por que eu vou desistir?