Ser conquistada? Corte um dobrado, me prove que você é capaz disso, que talvez eu te deixe tentar. Mas quando eu desistir… Viro as costas e vou embora e não quero saber como você vai reagir a isso. Fechada para o mundo e as vezes é como se eu não fizesse parte dele. Nado contra a corrente diariamente e quando nado na mesma direção, vou pelo canto que é para que não me vejam. 

Não nasci assim, mas em 19 anos de vida, assim me tornei. Não existe um momento exato, o que existe são histórias que contribuíram para isso. Histórias que jamais serão vistas, sentidas ou ouvidas por alguém da mesma forma que eu vivi, senti, ouvi e vi. O que temos dentro de nós só cabe a nós. E quando aprendi isso, mudei minha forma de ver o mundo. Todo hoje é oportunidade. Amanhã é a possibilidade e o passado é aprendizado. Aprendi também que tudo que acontece na vida, tem uma força maior. Não cai uma folha da árvore, se ela não tivesse que cair. Deus não esquece de nós, mesmo que esqueçamos dele e só Ele sabe de todas as coisas. 

Quando paro e penso no que me tornei, na maioria das vezes só enxergo uma caixa de erros. Mas tenho um orgulho imenso da pessoa que me tornei, pois sei que sou única. Prefiro ficar sozinha pela minha sinceridade do que cercada de pessoas que não me agradam. E isso é o que me dá forças para não mudar. Para estar comigo, tem que saber lidar comigo assim. Talvez alguns vejam esses momentos como bipolaridade, mas já dizia o mestre Raul Seixas: eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Mudo o tempo todo, a cada segundo. A cada pessoa que conheço, sei que fica algo de mim e como diz Augustus Waters: meus medos? Eu tenho medo de ser esquecido.