Estava eu bem good vibes voltando da academia e observando o céu e viajando nos pensamentos, quando pensei rapidamente em como tinha sido a primeira semana do ano e pensei "por que não fazer uma reflexão dela pra colocar no blog?". E sei lá por que isso passou pela minha cabeça, afinal o último post de 2018 ainda tá muito recente e com ele todas as expectativas boas pra 2019. Mas enfim, os primeiros 7 dias se passaram e o que eles me mostraram foram coisas muito simples mas que me trouxeram significados importantes ou me deram uma "palhinha" de como será o ano: de lutas, como sempre.

Fechei 2018 deixando coisas pra trás. Coisas que me incomodaram durante todo o ano mas que eu insistia em carregar comigo só que já estavam pesando demais a minha bagagem e no último dia do ano decidi que elas ficariam lá e nos últimos 7 dias eu posso dizer que me senti mais leve por ter tomado essa decisão. Mais leve não só por deixá-las lá mas também por estar de acordo comigo mesma e entender que foi uma decisão que precisava ser tomada pensando no auto-cuidado. Preciso dizer que nos primeiros momentos eu ainda senti falta, ainda tentei me auto-sabotar com pensamentos de que "depois eu não poderia reclamar de nada" mas hoje eu só penso que eu de fato não posso reclamar pois não estou mais me deixando consumir por aquela situação e aos poucos fui deixando acontecer e sigo assim.

Virei o ano realizando 2 sonhos: de virar o ano na praia e de virar o ano em Copacabana; e como isso me encheu de esperança. Bati um papo sério e cheio de gratidão com Deus na hora da virada que me fez esquecer todos os problemas, lutas, quedas. Eu só pensava naquilo ali e no caderno em branco que estava começando. Meu coração se encheu de confiança e esperança também, afinal se a gente vira o ano realizando sonhos é pra acreditar que serão só os primeiros desse ano, né? Que seja, Deus.

Mas depois do ""conto de fadas"", era hora de voltar pra realidade e pro mundo social. Sinais de telefone voltando a pegar e o que ainda tava meio frágil, levou uma porrada que deu uma balançada. "Já comecei o ano assim?". Foi de fato a amostra grátis do que ainda está por vir, por que eu sei que está longe de acabar. E eu confesso que não estou sabendo lidar, que tem horas que me questiono se vou sair dessa situação e como, mas sei que não tem como prever. O porém é que eu não consigo explicar isso pra minha cabeça ansiosa, que me enche que questionamentos a cada minuto e de responsabilidades também.

Claro que o ano não podia começar sem ela marcar a presença dela né, a famigerada bad. Com tanta coisa acontecendo, a cabeça se encheu de questões doidas, o desânimo bateu e começou a primeira batalha eu x eu. Parando para comparar com outras vezes, até que foi mais fácil mas eu digo isso agora que passou né, quando acontece sempre bate um pânico de "será que vou conseguir sair desse poço?". Umas das coisas que aprendi sobre se respeitar foi saber respeitar até os meus momentos de bad, mas com muita cautela. Viver ele, ficar quietinha ali, tentando entender sobretudo o porque isso tá acontecendo, mas estando com o reloginho na mão e sempre de olho nele também. A gente não pode fingir que tá tudo bem sempre mas também não pode se entregar aos nossos poços. Precisamos nos dar o tempo necessário pra avaliar e compreender aquilo tudo mas ciente de que não podemos estar ali pra sempre. Existe vida, existe mundo, existe pessoas que precisam de nós e existe nós mesmos que precisamos lembrar disso sempre. Como disse, não sabia se ia sair dali fácil mas eu sabia que precisava sair em algum momento e aos poucos eu fui. Foi algo tão natural que eu confesso que nem percebi, só me dei conta quando já estava vivendo outras coisas e tinha esquecido daquilo.

Passado isso, fui abençoada... tive um dia em total contato com a natureza e totalmente desconectada do mundo. Um dia inteiro sem sinal de celular, fazendo várias trilhas, tomando banho de cachoeira, vencendo medos, energizando a alma, apreciando as criações perfeitas e cheias de detalhes que Deus fez. Um dia sendo grata pela vida, pelas vitórias e pelas derrotas também, afinal elas me ajudaram a chegar até aqui. Um dia que eu precisava pra dar um gás na alma pra encarar o ano que está começando.

Posso resumir a semana como um semana de muita reflexão e gratidão. Mesmo com tantos altos e baixos eu sigo cheia de esperança para esses dias e para essas semanas que estão por vir.

Que cada semana seja contada como uma nova vitória.