Já escrevi um post aqui no blog que eu deixei o recado que usei como título neste post. Reli ele antes de iniciar este e confesso que parecia que eu estava lendo um post de outra pessoa. Não que eu discorde do que está escrito ali, muito pelo contrário, só que nos últimos dias estou me sentindo como essas pessoas que não compreendem quando alguém muda ou se distancia.

Eu compreendo que é uma coisa natural da vida e da convivência humana, só que meu lado humano e sentimental não consegue evitar sentir o mínimo que seja quando isso acontece. Nesses casos, eu me pego pensando: quantas coisas ou pessoas nós temos, com certeza, em nossa vida? Pergunta complexa né, mas tente refletir só um pouco. Talvez você vá listar algumas pessoas que da forma que você as vê agora, não te deixará dúvidas. Mas daqui há alguns meses, anos, você veja de uma forma diferente. E no final das contas irá concluir que na verdade, você não tem ninguém.

Como costumo dizer o mundo gira, e a cada giro ele vai alterando as coisas de seus devidos lugares e as pessoas também. E eu digo isso como uma forma de reafirmar essa certeza na minha vida, tal como o título dessa postagem, mas eu penso nisso como uma forma natural na qual as pessoas amadurecem, começam a conviver com outras pessoas e começam a ter outros gostos. Diríamos que de uma forma saudável. Mas o que tem perturbado bastante a minha cabeça são pessoas que te deixam porque, simplesmente, você não é mais útil na vida delas. E isso fere.

Ainda não aprendi a lidar com isso, e não consigo entender quem consegue. Eu escrevi no meu outro texto que nós éramos substituíveis, mas não dessa forma. Repetindo, eu penso nisso de uma forma natural. Não como algo do tipo "agora você não me serve mais, não quero".

As pessoas começaram a alimentar seus relacionamentos assim na base da necessidade que elas têm, na base do que o outro tem a oferecer a ela, como por exemplo alimentar o próprio ego. E com isso, quando o outro já não está suprindo as necessidades é descartado, é deixado de lado aos poucos. Esse tipo de relação não deveria existir, não pode ser considerada como amizade, namoro, casamento e por ai vai. Qualquer tipo de relacionamento afetivo que seja só se desenvolve quando as duas partes estão dispostas a se entregarem, sem joguinhos e etc. Mas no mundo de hoje, as pessoas acham que os relacionamentos só funcionam na base desses joguinhos.

Eu sou difícil de demonstrar meus sentimentos, minto, sou difícil de falar sobre eles. Detesto. Mas demonstrar eu demonstro sim. A cada abraço, a cada mensagem que eu mando a cada amigo, a cada "cara, que saudade, como você tá?". Ser amigo nem sempre significa estar ao lado 24h por dia e 7 dias pro semana. Ser amigo significa estar disposto a ajudar as 3h de uma quinta-feira. Ser amigo tá bem longe de puxa-saquismo, ser amigo tá colado com sinceridade. Ser amigo significa dizer o que precisa ser dito e não o que fulaninho gosta de ouvir e nem tem a ver com você guardar o que você pensa com medo do outro não gostar. Digo ser amigo, porque antes de qualquer outro tipo de relacionamento (bom), é esse sentimento que tem que vir primeiro.

Por fim eu digo que sim, as pessoas vão te deixar sim, elas vão sair da sua vida aos poucos. Mas enquanto você as têm na sua vida aproveite, sem interesses. Seja amigo, seja amante, seja marido, esposa, namorado, namorada, mãe, pai, tia, tio, etc. Apenas seja. Sem ter medo, sem pensar em alimentar o próprio ego. Porque enquanto você pensa apenas no seu próprio ego, você está ferindo outra pessoa. E o egoísmo é uma coisa que corrói por dentro. Por mais que sejamos pessoas maravilhosas, ainda não somos bons o suficiente para vivermos 100% sozinhos no vazio dentro de si.